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Vitória/ES faz plenária do Grito

A plenária realizada no dia 09/07, no Colégio Agostiniano, definiu local e programação para a realização do 28º Grito. A atividade será na capital, com concentração, às 8 horas, na UFES, seguida de caminhada na Reta da Penha (Petrobrás) e finalizada em Itararé, comunidade de Padre Kelder.


O próximo encontro será no dia 30 de Julho, para a qual serão mobilizados movimentos sociais, sindical e popular.


Em artigos publicados no site do Jornal Século Diário, "a privatização da Petrobras; perda da soberania nacional; destruição das políticas públicas e sociais, como as de educação; e criminalização e exclusão das periferias são alguns problemas enfrentados no Espírito Santo e no restante do país que impulsionaram a escolha do trajeto da 28ª edição do Grito dos Excluídos", que será realizado em Vitória [...] Segundo Giovani Lívio, coordenador do Fórum Igrejas e Sociedade em Ação, que organiza o Grito local, o trajeto deste ano representa os grandes gritos da atualidade.

Giovani explica, no artigo, que a escolha da Universidade Federal do Espírito Santo, a Ufes, para a concentração é para denunciar o desmonte da educação pública em todos os níveis, não somente no ensino superior. A parada na Petrobras questiona a extinção da Bacia do Espírito Santo, da estatal, após as vendas dos polos de Golfinho e Camarupim, no norte, em junho, comprados pela empresa BW Energy, por US$ 75 milhões, valor que, segundo o Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro/ES), corresponde a apenas 50 dias de produção.


"Vamos nos manifestar contra as privatizações, a política de preços, que tem feito aumentar consideravelmente o valor do combustível e do gás de cozinha. A gente perde a soberania nacional quando o governo entrega de mão beijada nosso petróleo", diz Giovani.


O ponto final, em Itararé, é por se tratar de "uma comunidade pobre, periférica, que sofre violência do Estado com ausência de efetivação de direitos e repressão policial, podendo representar todas comunidades periféricas".


Ainda segundo Giovani, o Grito também denunciará o favorecimento às elites econômicas, que contribui para as diversas formas de dependência registradas no Espírito Santo. Entre elas, a econômica e política em relação aos grandes empreendimentos poluidores. "Somos dependentes de um marco industrial das décadas de 60, 70, 80", afirma, exemplificando com a situação da cidade de Anchieta, no sul do Espírito Santo, diante do fechamento da Samarco/Vale-BHP, ocasionado pelo crime do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais. "O que virou Anchieta? Uma cidade de muitos desempregados, devido à falta de investimento em outros campos, como a pesca, a agricultura, o artesanato e o turismo", enumera.


Giovani também aponta a dependência do poder público em relação a esses empreendimentos, uma vez que eles investem em candidaturas políticas, o que inviabiliza os gestores e legisladores, depois de eleitos, de tomar as iniciativas necessárias contra os danos causados à população. "Há um acobertamento. O pó preto da Vale, por exemplo, é um problema crônico que não é resolvido", denuncia. A ArcelorMittal também é responsável pelas emissões, questão há décadas também marcada pela omissão do poder público.



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