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  • Articuladores do Grito dos Excluídos denunciam “Este sistema não Vale”

    Por Karla Maria | Rede Jubileu Sul Vídeos e foto | Rede Rua ​ Há mais de duas décadas, homens e mulheres pautam as desigualdades sociais de nosso país de modo muito concreto, nas ruas, com o povo. São quase 25 anos em um processo de cidadania pedagógico que provoca-nos a reflexão sobre o significado da Independência de um país. Este é o processo do Grito dos Excluídos que entra em sua 25ª edição em 2019. ​ Na semana da Pátria, os gritos se avolumam na garganta de gente simples que denúncia os diversos problemas a que os cidadãos brasileiros estão submetidos em detrimento de um sistema que coloca o mercado, o dinheiro em primeiro lugar e não respeita a vida. Não por acaso, o lema deste ano é “Este sistema não Vale! Lutamos por justiça, direitos e liberdade”. Articuladores do 25. Grito dos Excluídos se reuniram de 12 a 14 de abril, em São Paulo O lema faz uma alusão direta à empresa Vale,mineradora multinacional brasileira e uma das maiores operadoras de logística do país responsável pelo rompimento da Barragem em Brumadinho que culminou em centenas de mortos e desaparecidos, além de severas consequências ainda não identificadas para o ecossistema do rio Paraopeba. ​ “Não podemos deixar de falar do crime cometido pela mineradora Vale em Brumadinho (MG), no último mês de janeiro. Foi uma tragédia anunciada. Não é possível dissociar este acontecido com o desastre de Mariana, cada um com suas terríveis proporções na vida dos mais pobres e consequências para o meio ambiente”, publicou a coordenação no Grito em seu jornal de número 70. ​ Michelle Regina Aparecida de Paula Rocha, 33 anos, sabe que essa dissociação é impossível. Moradora da Colônia Santa Isabel, cidade vizinha de Brumadinho, ela contou como tem sido a vida de atingida depois da tragédia durante o 21º Encontro Nacional de Articuladoras e Articuladores do Grito dos Excluídos, que aconteceu entre os dias 12 e 14 de abril, em São Paulo. “A Vale insiste em falar que foram 300 (pessoas mortas), mas é mentira, tinha um casamento naquela pousada. Sou atingida pelo Rio Paraopebas. Aquilo foi um atentado associado ao 11 de setembro e esse atentado segue diariamente”, disse Michele, que lamenta a morte de uma prima, Sueli Marcos. Funcionária da Vale, Sueli tinha muitas restrições de mobilidade. Não conseguiu fugir da lama. “Ela deixou duas filhas de nove e 19 anos de idade. Imagine que foram encontrados pedaços dela. Como explicar isso pra uma criança? Tem família que perdeu oito pessoas”, denuncia Michele, também membro do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB). ​ O Rio Paraopebas é também chamado de Rio de Lágrimas. Quem conta é Maria* outra atingida por barragens, mas neste caso de Mariana. “Fui ameaçada de morte duas vezes pela Vale. Fui ameaçada por militares. Tentaram me desmoralizar na frente da minha comunidade, mas sou legítima daqui, meus pés estão dentro da lama”. ​ Maria foi ameaçada por questionar a Vale e ser uma das que parou as linhas do trem, pelas quais escorre toda a produção de minério da região. “A empresa teve um prejuízo de R$ 5 milhões por hora, mas só a partir disso passaram a nos tratar como atingidos. Tiraram meu trabalho e minha dignidade. Sou mulher e pescadora e sustentava meus filhos com o Rio”. O encontro nacional de articuladores contou com a assessoria de padre Alfredo J. Gonçalves. Para ele, a sociedade busca no conservadorismo uma resposta para a perda de referências que se intensificou com a velocidade das informações e com a relativização da verdade. Avaliou ainda que as expectativas da esquerda no Brasil que levaram Lula ao poder “eram muito maiores do que nossa capacidade de ir para a rua”. ​ Além de partilhar as denúncias locais, o encontro nacional de articuladores, também foi espaço de construção das atividades que antecedem o dia 7 de Setembro em si. “O Grito dos Excluídos acontece nas ruas do país, graças aos articuladores e animadores, eles que promovem esse processo, isso é militância. O Grito ainda consegue ser espaço de militância e ele faz repercutir os nossos gritos diários, avaliou Ari Alberti, coordenador do Grito Nacional. ​ Alberti está desde o início no processo do Grito e ele, como poucos, conhece bem a história dessa militância. Segundo a coordenação do Grito, a proposta da atividade surgiu em 1994, a partir do processo da 2ª Semana Social Brasileira, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cujo tema era Brasil, alternativas e protagonistas, inspirada na Campanha da Fraternidade (CF) de 1995, e lema: A fraternidade e os excluídos. ​ Esta sintonia com o tema da campanha da igreja católica tem sido uma busca frequente, tendo em vista que a grande maioria de seus articuladores é membro de Pastorais Sociais. Este ano, o Grito ‘Lutamos por justiça, direitos e liberdade’ também se reflete no tema da CF: “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1,27). ​ * Maria é nome fictício, para que sua identidade seja preservada. FONTE: http://www.jubileusul.org.br/nota/7003 ​

  • Desigualdade gera violência, basta de privilégios!

    O 24º Grito dos Excluídos vem denunciar que a independência não está completa, que faltam direitos à grande maioria do povo brasileiro, excluídos da dignidade e da justiça social. Com a mensagem “Vida em primeiro lugar, Desigualdade gera violência, BASTA DE PRIVILÉGIOS”, os atos contra a desigualdade, a violência e os privilégios aconteceram em todas as regiões do Brasil. Essas foram as notícias que chegaram à Secretaria do Grito até agora. Mande informações de como foi o Grito em sua região, cidade, comunidade. ​ REGIÃO NORTE ​ RORAIMA ​ Boa Vista ​ Dia 07/09, “Este é o momento de reafirmarmos o nosso espírito fraterno, de nos colocarmos na pele dos outros e lutarmos para promovermos um Brasil mais humano e justo”. Foi com as palavras de Dom Mário Antônio da Silva, bispo da Diocese de Roraima, que diversas entidades sociais e cristãs abriram os trabalhos do 24º Grito dos Excluídos. Pelas estimativas da organização, mais de 500 pessoas participaram do ato. Diferente do que ocorreu em anos anteriores, onde a mobilização e passeata eram realizadas no Centro Cívico, a organização do evento decidiu apostar em um novo trajeto, escolhendo o bairro Asa Branca para a edição deste ano. ​ PARÁ ​ Belém ​ ​Dia 07/09, a concentração do ato foi em frente ao Centro Arquitetônico de Nazaré. Lideranças de movimentos populares, pastorais sociais e representantes da igreja Católica, Luterana e de Matriz Africana. Antes de iniciar a caminhada realizaram ato ecumênico. A marcha parou em frente à TV Liberal, filiada da Rede Globo, para reivindicar a democratização dos meios de comunicação. Ulisses Manaças, militante e comunicador do MST, falecido em agosto, devido um câncer, foi saudado pelos movimentos a todo momento. ​ Altamira ​ ​Dia 06/09, o Grito aconteceu no dia Amazônia, com o intuito de conscientizar as pessoas sobre a importância da maior floresta tropical do mundo e da sua biodiversidade para o planeta. A caminhada teve início na Praça do Estudante e durante a mesma foi lembrado o alto índice de violência contra as mulheres, juventude e a comunidade da Lagoa, no Independente 1. Que lutam até hoje para serem realocados após Belo Monte ter impactado a área. Em frente à Celpa foram denunciados os abusos na tarifa de energia da população que chega a valores exorbitantes. O encerramento foi no cais da cidade, com uma mística em defesa da Floresta Amazônia e do Rio Xingu. ​ Tucumã ​ Dia 07/09, realizaram pela manhã uma passeata, saindo da Praça da Igreja católica até na praça no centro da cidade. Houve paradas na frente do Fórum, da SESPA e do Bradesco, falando sobre a justiça, a saúde e da questão dos privilégios. Na praça encerramos com uma celebração econômica e uma partilha. Participarem as várias pastorais da paroquia como Pastoral da Juventude, Pastoral do Dizimo, catequese, RCC, Pastoral da criança, Vicentinos, Comissão Justiça e Paz e Comissão Pastoral da Terra, além de algumas outras comunidades. ​ AMAPÁ ​ Macapá ​ Cerca de 500 pessoas participaram do Grito em Macapá, capital do Amapá. A concentração começou no bairro Marabaixo 3 e a marcha finalizou na frente da igreja matriz da paróquia São João Batista Piamarta. O evento trouxe a leitura de quanto a violência está ligada a desigualdade social, e isso acontece de norte a sul do país. AMAZONAS Manaus ​Dia 07/09, cerca de 2 mil pessoas de Pastorais Sociais e Movimentos da Arquidiocese, junto a Movimentos Populares, marcharam na zona norte de Manaus por melhorias na qualidade de vida do povo. Exigindo melhorias na saúde e no transporte, por segurança, uma das grandes preocupações na cidade. O evento contou com a presença de leigos, clero, religiosas, crianças, nossos irmãos/s venezuelanos e haitianos e todo povo de Deus que, mesmo com um sol escaldante, foi firme e forte até o final da marcha. REGIÃO NORDESTE ​ PIAUÍ ​ Teresina ​ Dia 07/09, às 9h, a concentração do grito foi no Parque Encontro com os Rios, e caminharam pela Av. Boa Esperança, na zona norte da cidade, o gritaram para que os moradores possam permanecer no local, tendo em vista que estão sendo ameaçados pelo poder local de remoção, o bairro existe há mais de 40 anos. ​ CEARÁ Fortaleza ​ ​O Grito aconteceu no dia 06/09 com ampla participação de movimentos sociais e pastorais sociais da arquidiocese de Fortaleza. Esse ano a opção foi pelos Círculos de Cultura, espaços onde se discutiram os eixos de luta do Grito, e se realizaram debates e troca de ideias sobre as formas de enfrentar os problemas. ​ RIO GRANDE DO NORTE ​ Mossoró ​ No dia 07 de setembro, participantes de movimentos sociais e pastorais do campo e da cidade se concentraram pela manhã ao lado do Ginásio Poliesportivo. Iniciamos com uma pequena celebração da vida pedindo a proteção de Deus e ecoando a oração do Pai Nosso. Entramos no desfile cívico, com nossas faixas e bandeiras de lutas contra o golpe, em defesa da democracia, dos nossos direitos e por Lula livre. O sindicato dos servidores municipais trouxe uma boneca gigante com o título Rosa de Hiroshima, denunciando o descaso da gestão da prefeitura municipal por não ter dado aumento do salário aos servidores e a falta de verbas para educação e saúde, etc. O ponto forte foi em frente ao palanque das autoridades, passamos de costas como gesto de desprezo aos golpistas e fazendo nosso ato em frente ao público como forma de valorizar a vida do nosso povo. Seguimos pela Avenida Alberto Maranhão, concluindo ao lado do Shopping Boulevard, com falas sobre o evento. E após fomos em marcha até a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, onde foi servida uma feijoada aos presentes. Participaram cerca de 200 pessoas. Neste ano a polícia não criou confronto. ​ PERNAMBUCO ​ Recife ​ Dia 07/09, com mais de 7 mil participantes, o Grito dos Excluídos foi às ruas da cidade. As falas durante a mobilização, que teve início na Praça do Derby e saiu em caminhada pela Avenida Conde da Boa Vista, trouxeram um alerta a escalada de violência sofrida pelo povo brasileiro. E, em especial, aos trabalhadores e trabalhadoras mais pobres, desde a consolidação do golpe, via o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, seguida da retirada de direitos, privatização e precarização do trabalho, até a prisão de Lula e terminou com um abraço simbólico ao rio Capibaribe. O evento contou com a participação dos movimentos populares, religiosos e sindicais e uma delegação do Coletivo Democracia Santacruzense, integrado por torcedores do time local Santa Cruz. Pesqueira ​Dia 05/09, a concentração do grito ocorreu frente ao prédio da antiga fábrica Peixe, no centro da cidade. Houve apresentações culturais e atos públicos em defesa da educação pública de qualidade, o meio ambiente, a proteção social, a segurança e o emprego. ​ ALAGOAS ​ Maceió ​ ​Dia 07/09, em Alagoas, os movimentos populares se concentraram no Porto da Lancha, no bairro Vergel do Lago e logo caminharam até o Jaraguá, onde acontecia o ato oficial. O ato trouxe à tona a exclusão gerada pelo poder político e económico no Estado, a necessidade de democratizar a comunicação e a união popular na luta. SERGIPE Aracaju ​ ​Dia 07/09, o 24º Grito dos Excluídos reuniu mais de 2000 pessoas no centro de Aracaju. A concentração de pessoas, vários movimentos populares, sindicatos e pastorais sociais se iniciou às 08h00 na Praça Fausto Cardoso. No Ato de abertura, a Cáritas e jovens artistas apresentaram uma peça de teatro sobre a violência, o feminicídio, o latrocínio etc, frutos das desigualdades sociais e omissão do Estado na implementação de políticas públicas de geração de emprego, renda, segurança e bem-estar para a população. O Arcebispo Dom João José Costa presidiu a celebração inter-religiosa que contou com a participação de um Pai de Santo e um Pastor Presbiteriano. Várias freiras e padres também participaram da celebração. Da Praça Fausto Cardoso a multidão saiu em passeata até a Praça da Bandeira; fez várias paradas durante o trajeto. E as pastorais, sindicatos e movimentos tomavam a palavra fazendo seus gritos em defesa do povo de rua, menores abandonados, direito à moradia, contra o desemprego, a reforma trabalhista e a reforma da previdência. Já na Praça da Bandeira, Dom João Jose deu uma mensagem de fé e esperança, conclamando o povo a não desanimar na luta e no sonho por uma sociedade justa, sem ódio e sem violência. Todas as organizações populares fortaleceram os seus gritos por direitos e um projeto popular para o Brasil. BAHIA ​ Salvador ​ Dia 07/09, cerca de 3000 pessoas se concentraram no Campo Grande, onde foi feito ato contra a desigualdade social e a violência. A passeata foi até a praça Castro Alves, gritando contra a discriminação racial e étnica e exigindo os direitos das mulheres, indígenas e quilombolas. Reivindicando Lula Livre, a marcha também criticou a reforma trabalhista e a reforma da previdência. Diocese de Ruy Barbosa Dia 07/09, o Grito foi realizado na Zonal II, numa CEB rural, Indai. Os participantes foram em caminhada até à praça. Houve reflexão sobre o momento atual, com uma Carta do Fórum Social das Pastorais Sociais, Setor de Mobilidade Humana e Organismos da CNBB, com a Ir. Cleuza, da Cáritas. Houve também apresentações lúdicas, missa e momento do compromisso. ​ Feira de Santana ​ No dia 7/9, centenas de pessoas, Pastorais Sociais, Organismos e grupos da Igreja Católica, Sindicatos, Centrais, representações de Igrejas cristãs, participaram do desfile. Foi a primeira vez que incorporamos o desfile cívico. Essa mudança ocorreu a partir da incidência da Igreja com a realização do seminário Arquidiocesano que teve como tema “Fazer ecoar a voz da Igreja no Grito dos/as Excluídos/as em nossa Arquidiocese”. Também pela primeira vez realizamos uma celebração ecumênica no desfile, e contamos com a presença do Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Feira de Santana, Dom Zanoni Demettino Castro, do Pastor Batista, Jorge Nery Santana, e do Reverendo da Comunidade Anglicana da Ressureição, Adriano Portela dos Santos. Além deste momento de profecia e comunhão, lançamos a campanha “Seu voto VALE? Então VOTE certo!”, uma iniciativa das Pastorais, Organizações e Organismos da Bahia para incentivar o voto consciente, impulsionando os eleitores a votar em candidatos/as comprometidos com a justiça social e a paz. Na realização do Grito dos Excluídos mais uma vez o Movimento Nacional da População de Rua e a Cáritas Arquidiocesana viveram o inesperado da mística e da militância. Um jovem de 22 Anos chegou até nós dizendo que queria ir para uma comunidade terapêutica, e que iria caminhar conosco no Grito e ficaria esperando nossa resposta. Começamos na caminhada a dialogar entre os militantes e vimos que o GRITO daquele jovem era muito importante. Ao final, sentamos juntos com ele e fizemos a escuta. Como era feriado e os serviços não funcionavam, buscamos alguns parceiros e o jovem foi acolhido. ​ Ichu ​ Dia 07/09, o Grito teve início no Centro de Abastecimento, às 08:30h, com uma concentração e mística, em seguida caminhada por algumas ruas da cidade, realizaram paradas de reflexão que foram conduzidas pelas organizações sociais do município e às 10h30 na Igreja Matriz, ocorreu o encerramento com a Missa. ​ Itapetinga ​ O momento celebrativo do Grito aconteceu no dia 06/09, no Clube dos Operários, com apresentação de vários artistas da terra, e manifestação dos movimentos sociais e sindicatos da cidade. No dia 07/09, realizamos o 24º Grito dos Excluídos na cidade, levando para a Praça Dairy Wallei a denúncia dos privilégios que geram a desigualdade e a violência, por meio da violação de direitos contra a população das classes populares e degradação da vida. Ecoaram forte no Grito protesto contra a violação dos direitos dos professores e servidores públicos pela administração local (descumprimento da Lei do Piso, no que se refere a garantia de 1/3 da carga horária para planejamento, regularização da vida funcional de novos concursados, negação do direito à licença prêmio e licença para formação a nível de mestrado, adoecimento dos profissionais da educação); abandono dos bairros periféricos que sofrem com a falta de pavimentação de ruas e atendimento à saúde; Violência promovida pelo Estado (polícia) e tráfico de drogas; Feminicidio; Repúdio à grande mídia, com destaque para a Rede Globo de Televisão; Reivindicações do Centro de recuperação Vou Viver, e protestos do movimento SOS animais de rua contra maus-tratos e abate de jumentos ocorridos no município . Ao longo dos vinte e três anos que vem sendo realizado na cidade, o Grito dos Excluídos tem sido símbolo de resistência da luta protagonizada pela Igreja católica e pelas classes populares. REGIÃO CENTRO OESTE ​ Brasília (DF) ​ ​Dia 07/09, o Grito ocorreu na Esplanada dos Ministérios, entre a Biblioteca e o Museu Nacional. Do outro lado aconteciam as comemorações oficiais da Independência do Brasil. O Grito dos Excluídos no DF contou com algumas intervenções culturais, incluindo do trompetista Fabiano Leitão, conhecido por tocar jingles em referência a Lula “invadindo” transmissões de jornais televisivos. Sueli Bellato, da Comissão Justiça e Paz, explicou ao jornal Brasil de fato o mote desta edição do Grito dos Excluídos, relacionando-o especificamente ao privilégio de algumas categorias no país: “Há mais de vinte anos, o Grito dos Excluídos reúne setores da igreja, dos movimentos, dos partidos para denunciar as desigualdades. Um tema que está presente na sociedade é a violência. Nós entendemos que ela é consequência, não causa, da má distribuição e da injusta organização social que temos. Não é justo que o Judiciário ganhe tanto enquanto o salário mínimo sequer acompanha os reajustes devidos”, diz Sueli. ​ MATO GROSSO Arquidiocese de Cuiabá ​ A coordenação dos trabalhos de preparação e realização do Grito conta com as CEBs, Movimento Justiça e Paz da Arquidiocese e religiosas de congregações diversas, envolvidas na luta junto com os despossuídos e excluídos. No dia 7/9, na Paróquia Sagrada Família foi discutido o tema Democracia e Direitos, tendo como facilitador: Roberto Vaz Curso. Seguindo-se com Momento Celebrativo. Dia 12/9, no Museu do Índio, às 19h00min horas, será debatido o tema Dívida Pública, com o Prof. Armando - economia UFMT MT. Dia 14/9, na Paróquia Imaculado Coração de Maria, às 19h00min horas, debate sobre o tema Basta de Privilégios, com Pe. Paulo - Prof. UFMT. A abertura/acolhida/mística Pe. Deusdedit. O debate sobre o tema Democratização da Comunicação será dia 21/9, na Paróquia do Rosário e São Benedito - 19:00 horas, com assessoria do Pastor Teobaldo. Dia 28/9, na Paróquia do Divino Espírito Santo, às 19:00 horas será discutido o tema Violência: pensar para construir, criar e recriar, com a jornalista Ana Paula Lawchovisky. Finalmente, no dia 29/9, será realizada a CAMINHADA PELA PAZ, com saída às 15h00min, da Comunidade Nossa Senhora de Guadalupe (Novo Mato Grosso), passando pelo São Carlos, chegando à Paróquia Sagrada Família (Carumbé). MATO GROSSO DO SUL ​ Campo Grande ​ ​Dia 07/09, Movimentos populares, estudantis e sindicais participaram do Grito dos Excluídos na capital. Segundo Edivaldo Bispo Cardoso, integrante da comissão regional de Justiça e Paz da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), a maior violência é o momento atual vivido pelos brasileiros. “Para nós, cristãos, é o momento de retrocesso na democracia, que é a profunda violência contra mulheres, indígenas, quilombolas e sem-terra”. A marcha criticou o governo golpista de Michel Temer e as medidas como o congelamento do investimento público e a reforma trabalhista. REGIÃO SUDESTE ​ SÃO PAULO ​ São Paulo ​ ​Dia 07/09, cerca de 6 mil pessoas saíram em caminhada desde a Avenida Paulista até o Parque Ibirapuera, na capital paulista. Além de protestar contra os privilégios que geram a desigualdade e a violência, os marchantes exigiram Lula Livre, direito à moradia, direitos das mulheres, dignidade para os povos indígenas, saúde, educação e proteção social. Participaram movimentos populares do campo e da cidade e pastorais. Em outro ato, realizado também em São Paulo, vários movimentos populares, sociais e pastorais se concentraram frente ao Largo São Francisco em defesa do trabalho digno, saúde e educação. Repudiaram o programa “Cidade Linda”, criado pelo ex-prefeito da cidade, João Dória, que criminaliza a população em situação de rua. Dom Eduardo, bispo auxiliar da região da Sé, e o padre Júlio Lanceloti, da Pastoral do Povo de Rua, estiveram presentes e reforçaram o grito pelo direito à cidade e à dignidade humana. Do Largo seguiram em passeata até a Praça da Sé, finalizando na Praça do Correio, onde há uma exposição em homenagem a Dom Paulo Evaristo Arns. Aparecida ​ ​Dia 07/09, as Pastorais Sociais e Movimentos Populares gritaram também no Santuário Nacional Nossa Senhora de Aparecida, e o fizeram junto à 31ª Romaria dos Trabalhadores, que teve como lema “O povo trabalhador com esperança, fé e ação derruba o sistema de maldade e exploração”. Os movimentos denunciaram o Estado e o capital como fomentadores da morte, assim como o desemprego e a violência contra as minorias sociais e demandaram um Estado a serviço do povo e da nação e um projeto popular para o Brasil. São Bernardo do Campo ​ Dia 07/09, concentrados no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, pela manhã, os manifestantes seguiram em marcha pela Rua Marechal Deodoro até à Praça da Matriz, o mesmo caminho percorrido pelos trabalhadores e trabalhadoras na luta contra a ditadura militar, no final dos anos 70, e repetido sempre que os direitos de nossa classe estão em risco. O Grupo ARCA de Teatro realizou uma emocionante intervenção em todo o trajeto, representando um cortejo fúnebre, onde a reforma trabalhista, a mídia golpista, a retirada de direitos e o golpe de Estado em curso no Brasil foram simbolicamente enterrados. RIO DE JANEIRO ​ Rio de Janeiro ​ ​Dia 07/09, centenas de pessoas se reuniram na Avenida Presidente Vargas e seguiram em caminhada até à Praça Mauá. Os manifestantes tiveram que ser escoltados pela Polícia Militar, que fez um cordão de proteção ante as ameaças de seguidores do candidato à presidência, Jair Bolsonaro. MINAS GERAIS Belo Horizonte ​ ​Dia 07/09, a realização do Grito foi marcada pela grande manifestação de diversidades atingidas pela exclusão inerente ao sistema. A concentração se formou na Praça da Rodoviária e seguiu até a Praça Sete, onde foi encerrada a marcha. O Grito buscou mostrar à população os parlamentares que votaram a favor das reformas golpistas, a parcialidade da justiça, o monopólio da mídia, as violências contra a juventude pobre, o direito à moradia, o direito à dignidade da população de rua e a retirada dos direitos imposta pelo golpe. Arquidiocese de Mariana ​Dia 07/09, cerca de 1200 pessoas participaram da Marcha e da celebração do 24º Grito dos Excluídos, em Congonhas do Campo, na arquidiocese de Mariana. As pastorais e os movimentos populares gritaram contra a desigualdade social, a violência e os privilégios que a geram. Mas um dos gritos principais foi contra a ação devastadora das mineradoras na região, entre elas a Samarco, responsável do crime que matou 19 pessoas, apagou povoados inteiros e devastou a Bacia do Rio Doce. Arquidiocese de Montes Claros Dia 07/09, Pastorais Sociais, lideranças e movimentos realizaram o Grito dos Excluídos, às margens do Rio São Francisco, na cidade de Januária, em apoio aos povos tradicionais. REGIÃO SUL ​ RIO GRANDE DO SUL ​ Caxias do Sul (RS) ​ O ato do Grito ocorreu logo após o desfile oficial do Sete de Setembro, contando com representantes de sindicatos, da Escola de Formação Fé, Política e Trabalho, da Marcha Mundial das Mulheres de Caxias do Sul e da ONG Construindo Igualdade, entre outros. O objetivo foi chamar às ruas aqueles que estão em situação de opressão e dominação e mostrar que existe todo um Brasil que não é contemplado em marchas, no hino, na bandeira e no status quo. SANTA CATARINA ​ Florianópolis (SC) ​ ​Dia 07/09, o Grito em Santa Catarina iniciou na comunidade Monte Serrat (Morro da Caixa) e passou no Morro do Mocotó, onde a Polícia Militar está acampada há mais de um mês, com atitudes repressivas e violentas contra as pessoas da comunidade. A marcha parou cinco vezes ao longo do percurso. O primeiro grito colocou as pautas da juventude; o segundo o repúdio à violência contra as mulheres do campo e da cidade; o terceiro contra as privatizações e os descasos e retrocessos das políticas públicas; o quarto, o grito contra a violência à população LGBT e o quinto trouxe as pautas do povo sem teto. ​ PARANÁ Apucarana (PR) ​ Em Apucarana, Paraná, foram realizadas, várias ações como atividades do 24º Grito dos Excluídos 2018. Seminário dia 04/09/2018, com exposição e debate, de três temas: Conjuntura atual e prejuízo aos trabalhadores, Superação da Violência, com ênfase no feminicídio e Laudato Sí. No dia 079, Panfletagem com Boletim do 24º Grito, durante o desfile. Grito mirim em Periperi, Salvador (BA) Pré Grito dos Excluídos na Praça da Revolução em Periperi, Salvador-BA. A Pastoral do Menor junto aos Centros Comunitários da Suburbana mobilizando crianças e adolescentes para uma conscientização política e motivando-as a darem seu grito. 25º GRITO DOS EXCLUÍDOS E EXCLUÍDAS Vida em Primeiro Lugar ​ “Este sistema não Vale! Lutamos por justiça, direitos e liberdade.” O lema do 25º Grito dos Excluídos e Excluídas foi definido na reunião da Coordenação Nacional, realizada em 18/02, em São Paulo, a partir de sugestões vindas de todo o Brasil de articuladores locais e regionais. Tendo por base o tema da Campanha da Fraternidade deste ano “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1, 27), bem como o momento político e social em que vive o país. ​ Os últimos acontecimentos só confirmam que a vida está perdendo valor para a morte. Tragédias anunciadas se repetem, a violência cresce de forma generalizada, sobretudo contra mulheres e homossexuais, jovens, negros e pobres; a natureza continua sendo destruída. Por irresponsabilidade dos governos e donos do capital, centenas de vidas vêm sendo ceifadas. No crime da empresa Vale, em Brumadinho (MG), neste ano, foram mais de trezentas vidas soterradas pela lama, matando também rios e o solo. ​ Em contrapartida, há uma escalada desenfreada de desmonte das políticas públicas, dos direitos sociais adquiridos a duras penas, que ronda também o direito à liberdade, não só da mídia, mas dos cidadãos em geral. ​ Diante disso e do que mais ainda está por vir, é preciso continuar gritando que “Esse sistema não Vale!”, porque coloca o dinheiro e o mercado em primeiro lugar e não respeita a vida. É preciso lutar por justiça, direitos e liberdade.

  • 25º Grito dos Excluídos e Excluídas

    “Este sistema não Vale! Lutamos por justiça, direitos e liberdade.” O lema do 25º Grito dos Excluídos e Excluídas foi definido na reunião da Coordenação Nacional, realizada em 18/02, em São Paulo, a partir de sugestões vindas de todo o Brasil de articuladores locais e regionais. Tendo por base o tema da Campanha da Fraternidade deste ano “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1, 27), bem como o momento político e social em que vive o país. ​ Os últimos acontecimentos só confirmam que a vida está perdendo valor para a morte. Tragédias anunciadas se repetem, a violência cresce de forma generalizada, sobretudo contra mulheres e homossexuais, jovens, negros e pobres; a natureza continua sendo destruída. Por irresponsabilidade dos governos e donos do capital, centenas de vidas vêm sendo ceifadas. No crime da empresa Vale, em Brumadinho (MG), neste ano, foram mais de trezentas vidas soterradas pela lama, matando também rios e o solo. ​ Em contrapartida, há uma escalada desenfreada de desmonte das políticas públicas, dos direitos sociais adquiridos a duras penas, que ronda também o direito à liberdade, não só da mídia, mas dos cidadãos em geral. ​ Diante disso e do que mais ainda está por vir, é preciso continuar gritando que “Esse sistema não Vale!”, porque coloca o dinheiro e o mercado em primeiro lugar e não respeita a vida. É preciso lutar por justiça, direitos e liberdade.

  • Grito mirim em Periperi, Salvador (BA)

    Pré Grito dos Excluídos na Praça da Revolução em Periperi, Salvador-BA. A Pastoral do Menor junto aos Centros Comunitários da Suburbana mobilizando crianças e adolescentes para uma conscientização política e motivando-as a darem seu grito.

  • Roda de Conversa com a Pastoral dos Surdos, em Boa Vista (RR)

    O processo de construção do Grito continua a todo vapor em Roraima. Em julho aconteceu o Encontro de Motivação e Preparação do 24º Grito dos Excluídos no Estado. No embalo da primeira Roda de Conversa, com a Pastoral dos Surdos, vamos dando os primeiros passos. Já nos reunimos duas vezes na Reunião Geral, como Diocese de RR, Movimentos, Organizações Sociais e Sindicatos, à luz das Rodas de Conversa. A partir do tema "Vida em primeiro lugar" e do lema "Desigualdade gera violência: basta de privilégios", compartilhamos nossos gritos e reivindicações: acolhida e políticas públicas para os imigrantes; saúde e educação inclusiva e de qualidade - não à militarização das escolas e a outras formas de violência; cuidado e responsabilidade sobre o meio ambiente - não aos grandes projetos, que destroem e matam; voto ético e consciente; direitos dos povos indígenas; dentre outros. Por fim, neste ano, após diálogo e discernimento, iremos para as periferias, numa região próxima de abrigos de imigrantes e refugiados e das comunidades mais populares. ​ Que o nosso Grito ecoe em nossos corações e nos meios sociais!

  • São José dos Campos (SP): Grito ecoa entre moradores atingidos pelo financiamento do BID

    Em preparação ao Grito, estamos mobilizando várias comunidades atingidas pelo financiamento internacional do BID: são mais de 3 mil famílias que moram ao longo do rio Cambuí e sofrem com constantes enchentes. Para piorar a situação está sendo construída uma via, denominada Cambuí, cuja finalidade é atender os grandes construtores. ​ No mês de agosto acontecem reuniões nos bairros: Sítio Bom Jesus, Sapé, Santa Cruz Centro, Banhado Centro. No dia 30 está prevista uma reunião na prefeitura. No dia 1° de setembro haverá panfletagem no centro e dia 2, na feira de Santana, região norte. Dia 3, ida ao Ministério Público Federal com as famílias vítimas do BID. No dia 7, concentração na hora do desfile, no centro da cidade. 20 Anos de Desfavelização 15 Anos de Resistência Popular ​ Há vinte e dois anos foi implantado na cidade de São José dos Campos - SP um projeto de desfavelização. O projeto constituía em remover bairros inteiros das áreas centrais e construir outros bairros na beira da cidade legal aonde eles foram colocados. Violações de direitos humanos no Jardim São José 2, São José dos Campos, Brasil. ​ A Associação de Favelas de São José dos Campos juntamente com a Rede Jubileu Sul Brasil vem acompanhando os moradores removidos dos Bairros Vila Nova Tatetuba, Caparaó, e Nova Detroit, para o Bairro Jardim São José 2. Desde os primeiros anos as famílias que ali residem relatam que sofrem constantes violações dos seus direitos fundamentais, que é o direito ao trabalho, lazer, saúde, educação e um transporte digno. Para além, sofrem com a violência estabelecida pelo tráfico de droga e a polícia militar que entram em conflito constantemente colocando em risco a população que ali vive, que inclusive identifica o Bairro como CDD – Cidade de Deus, uma alusão aos bairros mais violentos do Rio de Janeiro. Em 2017, a violência aumentou muito, ocasionando a morte de várias pessoas (muitos dos quais eram adolescentes), queima de ônibus e a retirada do transporte público em decorrência da violência e do enfrentamento entre o tráfico e a polícia militar. A retirada do transporte tem prejudicado e penalizado milhares de trabalhadores que são obrigados a andarem vários quilômetros até o ponto de ônibus mais próximo. ​ Vale fazer memória: o projeto “Casa da Gente” iniciou no âmbito do “Programa Habitar Brasil/BID” há 14 anos pela Prefeitura de São José dos Campos que, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), tinha como objetivo reassentar 453 famílias. Contudo, o que houve foram remoções forçadas dessas famílias que moravam na região central da cidade para o novo bairro construído com tal financiamento, Jardim São José II, que fica numa área muito distante da área original dessas moradias. ​ Passados quinze anos que as famílias se mudaram a Associação de Favelas está fazendo um pequeno documentário e uma mostra fotográfica para debater esta situação com a sociedade, para isto é fundamental a parceria com a universidade e o Centro de Defesa de Direitos Humanos no Brasil para fazermos a exposição e o documentário além de um debate com todos os atores envolvidos no episódio. ​ São José dos Campos,21 de agosto 2018 Cosme Vitor Associação das Favelas

  • Arquidiocese de Porto Velho realiza Seminário do Grito dos/as Excluídos/as

    Pastorais, movimentos sociais e entidades realizaram no dia 24 de agosto de 2018, no salão paroquial da Catedral Sagrado Coração de Jesus, o Seminário do 24º Grito dos/as Excluídos/as. ​ Dom Roque Paloschi fez a abertura do evento e convocou todos os presentes a se engajarem nos trabalhos de transformação social na difícil realidade em que vivem as populações empobrecidas, com retrocessos dos direitos fundamentais conquistados a partir da Constituição Federal de 1988. Pediu coragem e compromisso dos cristãos para a missão de ser luz e sal no mundo. Concluiu citando o poeta Bertolt Brecht: "Há aqueles que lutam um dia, e por isso são bons. Há aqueles que lutam muitos dias, e por isso são muito bons. Há aqueles que lutam anos, e são melhores ainda. Porém há aqueles que lutam toda a vida, esses são os imprescindíveis". ​ Em seguida houve o Painel do Grito dos/as Excluídos/as para abordar os diversos gritos das populações marginalizadas, com a participação de representantes da Comissão Pastoral da Terra (População do Campo), Coletivo Popular Direito à Cidade (População da Cidade), Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (Criança e Adolescente), Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres (Mulheres) e Associação Indígena ABYTUCU (Povos Indígenas). ​ Nos encaminhamentos, foi indicado a criação de um Fórum ou Comitê Permanente do Grito dos/as Excluídos/as, para dar prosseguimentos aos trabalhos de incidência nas políticas públicas e a mobilização da sociedade para a concretização dos direitos humanos, além de reforçar a convocação para todas as Paróquias, Comunidades, Movimentos Populares e Entidades Sociais e Sindicais para participarem das atividades do Grito no dia 07 de Setembro de 2018. ​ Este ano, o Grito tem como tema Vida em Primeiro Lugar, desigualdade geral Violência, basta de privilégios!

  • Primeiro encontro preparatório para o 24º Grito em Coari/AM

    No dia 15/07, 17 representantes das comunidades católicas e pastorais (Juventude, Universitária, DST/AIDS), Igreja Batista Regular, Cáritas Diocesana e Curso de Políticas Públicas, reuniram-se para articular o 24º Grito dos/as Excluídos/as em Coari/AM. ​A partir da memória do Grito 2017, trouxemos os gritos que ainda ensurdecem nossas consciências, reafirmando cada vez mais o desejo de gritar em favor da “vida em primeiro lugar”. Nessa fase preparatória, assumimos as Rodas de Conversa como forma de sensibilização, articulação e divulgação do Grito, tendo como público alvo: escolas (estudantes do ensino médio e universitários), grupos de base (comunidades, pastorais e entidades). ​ Definimos a comissão organizadora e as algumas equipes de serviço. O próximo encontro será dia 23/07.

  • 1ª Roda de conversa em São João del Rei (MG)

    Em 11 de agosto de 2018, aconteceu a primeira roda de conversa para debater o tema "Basta de privilégios" e confeccionar cartazes para o Grito no Campus Santo Antônio da UFSJ.

  • Recife (PE) promove o forró do Grito

    A construção do Grito em Recife (PE) está de vento em popa. No dia 21/05, aconteceu a plenária de preparação do Grito onde foram informadas as diversas atividades locais. De 15 a 17 de junho, articuladores participaram da III Assembleia Nacional da Pastoral do Povo de Rua. De 01 a 03/06, aconteceu o Encontro regional Nordeste II do Grito no Santuário das Comunidades, em Caruaru. E como ninguém é de ferro, no dia 29, dia de São Pedro, todo mundo caiu no forró do Grito e MTC, com o grupo Siembra. Em julho, de 12 a 17/07, houve a Semana de Direitos Humanos e Cidadania LGBT.

  • Grito é pauta da reunião das pastorais sociais em Manaus (AM)

    No dia 12/07, aconteceu a reunião das pastorais sociais da Arquidiocese de Manaus. A articulação do Grito dos/as Excluídos/as foi uma das pautas do encontro. Os participantes definiram o local do Grito que deverá ocorrer na Zona Norte da cidade. Sendo que a organização dos pré-Gritos e das Rodas de Conversa será realizada nos Setores. O Grito esteve também na pauta do Encontro Extraordinário das Pastorais Sociais e movimentos Sociais da Arquidiocese de Manaus, realizado em junho. Quando foram debatidos os eixos temáticos que abordam diversos problemas sociais que estamos enfrentando em Manaus. Entre eles, a violência nos transportes públicos, violência e o saneamento básico nas aéreas periféricas da cidade. Foram criados os GTs (Grupos de Trabalhos) de animação, metodologia, comunicação e logística, para articular o Grito e buscar apoio dos setores da Arquidiocese para melhor organizar. Assim como no Seminário Regional das Pastorais Sociais/Sínodo da Amazônia, também em junho.

  • Coletiva de Imprensa da 24ª edição do Grito dos Excluídos, que tem como tema “Vida em primeiro luga

    Por Karla Maria | Rede Jubileu Sul Brasil ​ Essa foi a denúncia dolorosa, o grito de Bruna Silva. Jovem, a moradora do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, teve seu filho Marcus Vinícius, 14 anos, morto no dia 20 de junho pela Polícia Civil, quando estava a caminho de sua escola. O uniforme manchado de sangue testemunha. Marcus era estudante da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro. ​ Bruna participou nesta quinta-feira, 30, da coletiva de imprensa da 24ª edição do Grito dos Excluídos, que tem como tema “Vida em primeiro lugar” e lema “Desigualdade gera violência: BASTA DE PRIVILÉGIOS! ”. E chama a população às ruas, na Semana da Pátria, para denunciar as diversas formas de violência a que a população está submetida nas periferias do país. “Se o meu filho hoje não está aqui é porque ele foi excluído pela Polícia Civil do Rio de Janeiro”, disse Bruna, segurando em suas mãos a camisa suja de sangue do filho morto. ​ “Não houve troca de tiro. E quando eu falo que a polícia é a assassina do meu filho é porque eu sei. O meu filho estava com vida na UPA [Unidade de Pronto Atendimento] e me disse “mãe, eu tomei um tiro da polícia”. Essa frase fica se repetindo na minha cabeça. Ele já tinha tomado uma carreira [de tiros] do helicóptero, e se eu soubesse que ele estava debaixo daqueles tiros, eu também estaria morta, porque iria atrás dele. Eles acham que vão matar preto, favelado e vai ficar por isso mesmo, não vai não, porque a gente tem voz”, disse uma mãe que trocou o luto pela luta. ​ Bruna tem denunciado a truculência policial nas favelas e por isso vem sendo perseguida por policiais. Seu telefone foi grampeado. “Eu tenho medo sim, mas não vou deixar de denunciar, porque isso não pode se repetir com o filho de mais ninguém. Essa dor atingiu meu útero. Minhas lágrimas agora são frias, de luta”, disse a mãe. ​ Para o economista Plínio de Arruda Sampaio Filho, a violência que mata 62 mil pessoas no Brasil é o resultado da administração da barbárie, com a crescente exploração dos mais pobres e da militarização. “As vítimas são os mais pobres e 70% deles são negros”, lembrou. ​ Ainda segundo o economista, a desigualdade social que existe, e que mais uma vez o Grito dos Excluídos denuncia, é resultado de um sistema que não enxerga e pauta as necessidades de sua população e sim a manutenção do sistema atual que exclui e promove a barbárie aos mais pobres. “Na economia, essa barbárie, é o chamado ajuste fiscal, o ataque à previdência, à política pública. Por que nenhum candidato [à presidência da República] tem a coragem de pautar a Dívida Pública? ”, questiona. ​ “A população tem voz quando está nas ruas, quando está mudando, consciente e organizada. A burguesia já falou o projeto dela: o avanço da barbárie e a intervenção militar, porque quando tem que segurar a pobreza, os estudantes e os movimentos sociais, eles chamam os militares”, denunciou o economista que enxerga as eleições de 2018 como uma fraude. ​ Para a socióloga Rosilene Wansetto, uma das coordenadoras do Grito, enquanto a PEC dos gastos não for revogada nada de diferente poderá ser feito no país. “É preciso que as pessoas questionem quais são as prioridades da população brasileira? Por que congelar investimentos na Saúde e Educação por 20 anos? Para que o Estado brasileiro está servindo”, questionou a socióloga, que também denunciou a presença militar do Estado nas comunidades e favelas brasileiras. ​ “Bruna, nós sentimos sua dor. Choramos a sua dor e não vamos nos calar diante de tamanha violência. Vamos continuar diariamente denunciando a violência a que tantas brasileiras e brasileiros estão sofrendo por este país, porque esta política de opressão é a política desse desgoverno golpista”, denunciou a socióloga, também mãe, ao lado de Bruna. ​ O Grito dos Excluídos nasceu no seio da sociedade e da Igreja Católica. Para dom Eduardo Vieira dos Santos, bispo da Região Episcopal Sé da Arquidiocese de São Paulo e representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na coletiva, as denúncias trazidas pelo Grito são pertinentes, porque temos uma sociedade excludente. ​ "Uma grande camada da sociedade vive à margem dessa mesma sociedade, sem direito à moradia, sem direito à alimentação adequada, sem direito à saúde, ao trabalho, e todos esses aspectos fazem parte da vida e da dignidade humana. Enquanto tivermos uma parcela, que seja um da sociedade que passe por essa situação, há sim sentido no Grito dos Excluídos, ainda que esse excluído não seja o que grite, mas os seus irmãos devem gritar por ele". ​ Segundo dom Eduardo, a base do cristianismo é a solidariedade. "Aquele que se omite diante do sofrimento do irmão, aquele que recua em defender o seu irmão diante do sofrimento ele não está vivendo o Evangelho, não está seguindo a Cristo", assegurou. ​ Monica Helena Andrade Fidelis, da Pastoral Operária, lembrou que o Grito dos Excluídos acontece também em Aparecida, cidade onde está localizado o Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em sintonia com a 31ª Romaria dos Trabalhadores e Trabalhadoras. “Como romeiros vamos até à mãe Aparecida, levar nosso clamor por justiça. Somos peregrinos de luta, consciência e fé”, concluiu. ​ Em todo o país estão sendo feitas atividades em preparação ao Grito dos Excluídos que acontece na Semana da Pátria, sobretudo no dia 7 de Setembro.

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